Não há um ponto específico da existência no qual vislumbramos o momento ideal de buscar atendimento psicológico. Essa é uma questão muito particular, pois independentemente da idade que se tenha ou do momento no qual nos encontremos, a percepção de que algo não está fluindo da forma como deveria é muito singular. O próprio indivíduo sente quando algumas atitudes ou reações que apresenta diante das demandas da vida podem estar prejudicando não só seus afazeres diários, como sua relação com as pessoas e consigo mesmo. Nesse sentido, procurar a ajuda de alguém que possa esclarecer alguns modos de funcionamento interno fará com que o sujeito se torne muito mais ativo e consciente de si para atuar com mais segurança diante da vida.
Dentro da psicologia existem várias abordagens, pautadas em diferentes teorias, cabe ao paciente buscar aquela que melhor se encaixa ao seu modo de ser. O que se deve ter em mente é que não cabe ao psicólogo fazer julgamentos ou críticas, ele deve possibilitar que o paciente possa ser aquilo que é, de modo a sentir-se acolhido em seu sofrimento. De maneira nenhuma o paciente deve sentir-se intimidado, pressionado ou envergonhado diante do terapeuta. Deve imperar um sentimento de respeito mútuo que fará com que o analisando se sinta cada vez mais à vontade para dizer de si e evoluir de modo positivo no tratamento.
É realizado um primeiro encontro o qual servirá para que terapeuta e paciente se conheçam e este último possa dizer sobre os motivos que o levaram a procurar atendimento psicológico. Cada profissional atua de maneira singular nesse momento de entrevista e cabe ao paciente avaliar se teve uma boa experiência, sentindo-se à vontade e acolhido. Uma vez que o paciente esteja confiante em continuar os atendimentos com o psicólogo, combina-se um horário semanal com duração aproximada de 50 minutos (qualquer modificação de horário ou quantidade de sessões por semana será combinada entre a dupla terapeuta-paciente).
O código de ética profissional proíbe a divulgação das informações compartilhadas dentro do consultório. A relação terapeuta-paciente é pautada na confiança, sendo assim, o que é dito em sigilo permanece como tal. Mesmo no caso do atendimento com crianças e adolescentes, essa relação de confiabilidade se mantém e por mais que o terapeuta atue em conjunto com os pais, ele diz o mínimo possível dos conteúdos trabalhados com os filhos a menos, é claro, que o profissional entenda que o sujeito possa estar vivenciando algum tipo de risco.
Para garantir um atendimento de qualidade, o psicólogo passa por supervisões clínicas nas quais são feitas discussões de caso, pautadas no mesmo princípio do sigilo. Sendo assim, o que é discutido em supervisão permanece lá e as questões dos pacientes nunca virarão tema de conversa para além do âmbito da supervisão.
Quando falamos de dinâmica interna e subjetividade humana, é difícil falar em delimitações de tempo. Em terapia abordamos conteúdos muitas vezes inacessíveis pela consciência, dessa forma, o trabalho se prestará a trazê-los à luz para que o paciente possa se apropriar deles de modo a lidar com suas questões de forma mais ativa. Assim sendo, o tempo é algo muito singular e a psicoterapia dura enquanto o paciente ainda vê sentido em continuar.
Existem profissionais que atendem pelo convênio. No entanto, o psicólogo que só realiza sessões particulares pode fornecer um recibo para que o paciente receba do convênio um reembolso daquilo que foi investido nos atendimentos. Para tanto, cabe ao paciente entrar em contato com o respectivo convênio e se informar acerca do que é necessário para que ele obtenha esse benefício.


