Fazer terapia é abrir-se.
- Paula Ruffolo
- 2 de ago. de 2017
- 1 min de leitura

Eu não faço terapia para conversar, tomar chá com bolachas e nem para chorar as pitangas. Eu faço terapia porque cansei da mesmice que não me leva a nada, cansei de tentar colocar no outro uma culpa que é minha, cansei de me fazer de coitado diante do mundo que me rodeia. Eu faço terapia porque quero entender que dinâmica mantenho com aquilo que me cerca, o que faço diante das dificuldades que se apresentam a mim, a quem recorro para resolver os meus problemas. Para essa última questão, a resposta deveria ser “recorro a mim mesmo”, mas quase ninguém responde isso, porque é muito mais fácil colocar no externo algo que só cabe a nós. Eu continuo na terapia porque quanto mais eu entendo sobre mim mesmo, mais eu percebo que preciso de força para continuar, porque sozinho pode ser que eu pare e volte ao início, quando eu pensava que na terapia, você (psicólogo) iria concordar com as minhas mazelas e em quão injustiçado eu sou. Eu quero cada dia mais acordar de mim mesmo, sair da obscuridade que me engole e me abrir para a luz que habita em mim.
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